Cidades da região Central encontram dificuldades para contratar médicos

06-12-2010 16:18

Em Motuca, 4,6 mil habitantes dependem do serviço público de saúde.

 

Sem médicos, prefeituras de cidades da região Central do Estado de São Paulo estão buscando alternativas para atrair novos profissionais.

Em Motuca, não há hospital particular e os 4,6 mil habitantes dependem dos serviços públicos. A falta de médicos começou a prejudicar o atendimento.

Durante seis meses a prefeitura procurou por profissionais. Atualmente, 11 trabalham nos postos de saúde da família e ainda são necessários mais cinco. O salário por oito horas diárias chega a R$ 8 mil.

Matão vive situação parecida. O secretário de Saúde, José Francisco Dumont, disse que recentemente foram realizados quatro processos seletivos. Ao todo, 11 médicos foram contratados e ainda tem vaga. “Algumas áreas a gente tem bastante dificuldade como neurologia, vascular e também um dificuldade muito grande que a gente percebe não só aqui em Matão, mas também no Brasil inteiro a falta de pediatras, diz.

Em Araraquara, o problema diminuiu depois da parceria entre a prefeitura e a Oscip, que administra a saúde. Para completar o quadro está em estudo o aumento dos salários. “A gente não conseguia contratar porque os valores eram muito baixos, desde que se criou o incentivo a gente está fechando um concurso para atenção básica com inscrições para todas as áreas”, explica a secretária de Saúde Regina Barbieri.

O sindicato dos médicos explica o desinteresse da classe pelas ofertas da rede pública. "A remuneração que continua muito baixa, a cobrança está cada vez maior, o número de pacientes que é muito grande, a responsabilidade é maior e o médico se compromete mais”, afirma o presidente do sindicato dos médicos, Marco Aurélio de Almeida.

São Carlos, Rio Claro e São João da Boa Vista também tem vagas abertas para médicos.