Marido mandou matar mulher em lua de mel na África, diz taxista implicado

08-12-2010 22:51

Corpo de Anni Dewani foi achado em favela da Cidade do Cabo.
Britânico Shrien Dewani, o marido, negou envolvimento no crime.

Foto não datada do casal
Shrien e Anni Dewani. (Foto: AP)

 

Um taxista que confessou ter assassinado uma recém-casada durante a lua de mel dela na Cidade do Cabo, na África do Sul, acusou o marido de ser o mandante do crime, ao depor nesta terça-feira (7).

O sul-africano Zola Tongo disse que teria matado Anni Dewani, nascida na Suécia, a mando do esposo dela, o britânico Shrien Dewani.

Tongo disse que Shrien perguntou se ele conhecia alguém que poderia matar sua mulher e ofereceu 50 mil rands (cerca de R$ 2.000) para cada uma das pessoas que ele contratasse para cometer o crime -mas acabou pagando apenas mil, ou pouco menos de R$ 250.

Shrien Dewani negou participação no crime. Na versão dele, o motorista foi rendido por homens armados quando eles voltavam ao hotel. Ele e Tongo teriam sido obrigados a sair do carro, e Anni foi sequestrada e depois morta.

O corpo da mulher foi encontrado um dia depois do crime, em uma favela da cidade. Ela tinha levado um tiro na nuca.

O caso chamou a atenção no Reino Unido e na África do Sul, onde a taxa de criminalidade é alta, mas ataques a turistas estrangeiros são raros.

O taxista fez um acordo com a Justiça para confessar e foi sentenciado a 18 anos de prisão.

Ele se comprometeu a revelar provas sobre outros suspeitos, incluindo dois sul-africanos presos logo após o corpo ter sido encontrado.

o taxista Zola Tongo no tribunal na Cidade do Cabo nesta terça-feira (7). (Foto: AP)